quinta-feira, 9 de outubro de 2008

III Encontro da Rede de Educadores de Museus de Pernambuco

Afinal, o que é ser membro REMic?

Passou quase um mês e fomos pensando por aí a importância de existir uma Rede de Educadores de Museus, que além de buscar pelas trocas de idéias, experiências, sugestões, e gentilezas, entre os educadores de museus fossem também na busca por uma maior visibilidade desses profissionais para o entorno e seus envolvidos. No final de nossas últimas reflexões e desejos, deveríamos muito bem saber dizer o que é ser um membro dessa Rede.

Para relembrarmos o início, posso relatar como fomos nos apresentamos, e assim percebendo, através de nossos problemas e dificuldades, a vontade de encontrar soluções mais concretas para as histórias que já ouvimos tantas vezes, e que parece girar repentinamente num disco aparentemente sem fim. Mas, por estarmos o tempo todo por aí, sendo influenciados por idéias, teorias, metodologias e acreditando em cada um de nossos passos é que vamos seguindo em frente. Acreditando.
Por isso é que creio que não necessitamos sermos criadores de restrições de acesso a Rede. Todo educador de museu pode, e deve se cadastrar (seja qual for sua área de formação-história, turismo, pedagogia, artes, letras, etc.) na Rede e nossos encontros podem continuar sendo mensais.

Cada um dos temas levantados pode ser colocado em pauta para discussão, após votação ou sorteio no encontro anterior, e baseado em pesquisas e experiências poderia ser apresentado aos outros educadores presentes.
A cada novo encontro, um espaço cultural poderá nos abrigar (o que já vem gentilmente acontecendo), podendo ser – como anfitrião – aquele que irá apresentar seu trabalho educativo, expondo, inclusive, suas dificuldades, para proporcionar uma discussão crítica do grupo na busca de caminhos, brechas, pontes, etc.

Nesses encontros-conexões discutiremos o tema selecionado/sorteado.

Sem idéias unilaterais. Sem verdades absolutas. Sem faltar com a compreensão pela posição do outro. Não somos nós seres de conexões diversas, imbricado de outros tantos (e mesmos – o que nunca são) caminhos, tentando a todo custo enxergar e levar os outros a enxergarem o “mar”? Quem não conhece a poesia “A função da Arte” de Eduardo Galeano? Leiam abaixo:

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar! (em Livro dos Abraços).

É preciso partir na busca de atitudes que busquem a possibilidade de vermos o que está a um palmo de nós. Cabe a nós a vontade, e a tranqüilidade, de nos apoiarmos, em ajuda mútua para sairmos do simples ver, e partirmos para o observar as coisas do mundo. Para não ficarmos na eterna cegueira ignorante.

Por essas e outras tantas, é que lembro a todos que a próxima reunião do REMic acontecerá no dia 13 de outubro de 2008, próxima segunda-feira, no Museu do Estado de Pernambuco, das 9h às 12 horas.

Aguardo todos. Abraços,

Anderson Pinheiro
Gleyce Kelly Heitor
Articuladores do REMic-PE

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